domingo, agosto 09, 2015

OPINIÃO: MEU PAÍ, MEU HERÓI, MEU BANDIDO



Eu queria dizer que meu pai é o meu tudo. Meu espelho, a quem eu sigo os passos, ele é o provedor da família, o homem que pelos filhos ele enfrenta e faz tudo. Meu conselheiro, confidente fiel, um homem de caráter ilibado, íntegro, austero quando necessário, e capaz de todos os sacrifícios para garantir a boa educação minha, e dos meus irmãos. O meu protetor. Meu pai é realmente o meu herói.

Para todos os filhos não existe pai imperfeito. Ele é todos os adjetivos que enobreceria o homem e engrandeceria essa sociedade nefasta. O pai, o herói dos filhos, não têm defeitos, é perfeito. Basta perguntar para os filhos de Lula (o ex-presidente) de Jader Barbalho, de Renan Calheiros, de Aécio Neves, de Eduardo Cunha, de José Dirceu, de Marcelo da Odebrecht, de Vaccari, e de tantos outros pais que espalhou toda a sujeira que permeia por este Brasil permitindo que eu seja objetivo: “eles são os pais bandidos deste país” que são categoricamente heróis para os seus filhos. Eles sim garantem toda mordomia que toda família brasileira neste momento não usufrui devido à crise praticada por eles.

Mas se perguntar aos filhos de qualquer um desses sujeitos, eles responderão que pretendem seguir os passos dos pais. Indigestamente até o chamarão de heróis da construção deste país, e que serão a continuidade deles para o futuro das gerações brazucas. E serão mesmo. A escola já os prepara para isso. Tem boa estrutura, estuda fora do país, falam inglês, francês, estudam de preferência administração, como se roubar este país precisasse ser administrador; basta ser político, e os filhos desses pais maravilhosos serão a continuidade dessa dinastia infeliz, que torna nossas vidas abissais.

O meu pai era cheio de manias arcaicas. Filho que chegava em casa com algum presente ou coisa achada, tinha que dizer a fonte; a benção todas as manhã era obrigatória: brigar na rua era sova na certa; trabalhar aos dozes anos de idade em serviços braçais já me tornara homem, pulando todas as etapas da adolescência; interromper conversa de adultos era “peteleco” na certa; pedir algo sem ser oferecido era chamado de “espião” (que não tem nada a ver com o sentido real da palavra – era palavreado matuto mesmo); encontrar dinheiro perdido na rua, não cumpria-se aquele ditado: “achado não é roubado”; receber troco a mais das “bodegas” tinha que também devolver de imediato e tantas outras coisas simples e honestas que aprendendo da maneira mais rude, nos faz pensar porque somos tão desonestos.

Por isso eu digo: Todo pai pode ser herói. Todo pai pode ser bandido.

Pense nisso!

Feliz Dia dos Pais. 

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